Custo da construção civil avança em dezembro no Amazonas

Crédito: Acervo JC

Depois da deflação registrada em novembro (-0,22%), o INCC (Índice Nacional de Construção Civil) do Amazonas superou a média nacional e avançou 0,30% na passagem para dezembro. Com isso, o valor do metro quadrado no Estado subiu de R$ 1.141,69 para R$ 1.145,08, sendo R$ 633,46 relativos a materiais e R$ 511,62 oriundos da mão-de-obra.

Embora em menor escala, o passivo da força de trabalho voltou a subir frente a novembro (R$ 511,27), enquanto o relativo aos insumos avançou bem mais na comparação com o mês anterior (R$ 630,42). Os dados estão na mais recente pesquisa do IBGE/ Sinapi (Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil), divulgada nesta sexta (10).

Apesar da alta, o número registrado pelo Estado em dezembro ficou bem abaixo dos 1,15% de variação mensal do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), conforme divulgado no mesmo dia, pelo IBGE. No acumulado do ano, o indicador do Amazonas ficou em 5,61%, significando acréscimo de 0,31 ponto percentual em relação à marca anterior (+5,30%). 

No Brasil, o índice variou 0,22% entre novembro e dezembro, configurando um aumento de 0,11 ponto percentual em relação ao mês anterior (+0,11%). A variação anual da atividade em todo o país, ao final de dezembro, foi de 4,03%, 0,23 ponto percentual mais elevada do que a apresentada no mês anterior (+3,80%). 

A alta mensal elevou a posição do Estado de 25º para sexto lugar no ranking nacional de maiores custos da atividade. Piauí (+1,11%), Minas Gerais (+0,68%) e Acre (+0,58%) ocuparam os primeiros lugares. Rio Grande do Sul (+0%), Santa Catarina (+0,01%) e Mato Grosso (+0,02%) ficaram no fim de uma lista que não apresentou resultados negativos.
Menor do Brasil

O custo no Amazonas segue abaixo da média nacional (R$ 1.158,61), que caiu no período. Assim como no mês anterior, o Estado voltou a ficar em 14º lugar entre os maiores valores. Santa Catarina ocupou a primeira posição (R$ 1.331,05), seguida pelo Rio de Janeiro (R$ 1.288,96) e Acre (R$ 1.287,76). Os menores custos foram para Sergipe (R$ 987,88), Pernambuco (R$ 1.035,54) e Rio Grande do Norte (R$ 1.040,49).

O incremento de dezembro não impediu que o custo de mão-de-obra do Amazonas permanecesse inferior à média nacional (R$ 553,17), segurando o Estado na 15ª posição do ranking. Santa Catarina (R$ 696,45) ocupou o primeiro lugar, seguido de Rio de Janeiro (R$ 664,16) e São Paulo (R$ 637,22). Em contraste, Sergipe (R$ 453,15), Rio Grande do Norte (R$ 455,12) e Ceará (R$ 464,23) ficaram com os valores mais baixos.

Foi o custo de material que puxou os números para cima, que ficou bem acima da média nacional de dezembro (R$ 605,64), mas o Amazonas segue em posição elevada e subiu de 11º para décimo entre os maiores valores no Brasil. Os maiores índices ficaram no Acre (R$ 715,78), Distrito Federal (R$ 689,50) e Rondônia (R$ 676,06). Os menores foram para Sergipe (R$ 534,73), Espírito Santo (R$ 544,89) e Pernambuco (R$ 560,51).

Fase das obras

O presidente do Sinduscon-AM (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Amazonas), Frank Souza, lembra que, por ser direcionada a faixas de preços mais baixas, a maioria dos lançamentos costumam utilizar materiais mais básicos e de menor valor – que não deixam de sofrer com a variação dos preços dos fretes. 

No entendimento do dirigente, contudo, os aumentos nos custos de materiais e mão de obra para a atividade local em dezembro se devem principalmente à fase em que se encontrariam a maior parte dos empreendimentos, dada a diferença de preços e salários que costuma ocorrer nesse estágio.

“De uma forma geral, temos uma mão de obra mediana e inferior à de outras regiões do país, em termos de vencimentos, embora seja superior à do Nordeste. O dissídio já passou. O que me chama a atenção em relação a esse aumento é o momento das obras. A maioria deve estar em fase de acabamento, que é quando o custo do trabalhador sai mais caro. Sua execução é mais especializada e acaba puxando o preço para cima”, finalizou.

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